quinta-feira, 21 de abril de 2011

Liberação de armas - interesse de quem?

Insegurança e violência, não de agora, marcam o processo histórico brasileiro. Resultam da indiferença de classe e medo ideológico que povoa o pensamento das classes dominantes na América Latina. O darwinismo social implementado na política econômica é incapaz de responder às necessidades sociais. O crime e a violência interessam aos políticos e lhes amplia um tipo de comercio, além de justificar intervenção à fascismo na sociedade. Mídia e a política reacionária se nutrem do sensacionalismo com fatalidades. Tem a burguesia e os senhores de terras a intenção de incrementar o comércio de armas, iludindo-nos de que a liberalização do porte de arma propiciará a universalidade da aquisição e defesa, que segundo eles, o Estado não faz, não revelando que são seus legisladores que inibem o poder corretivo do Estado em crimes que realmente importam. É engano. Os pobres, vítimas da violência em todos os sentidos, continuará sem poder comprá-las nem registrá-las, pois seus argumentos não serão tão jurisdicados como da classe que os oprime desde a proclamação da República. Ao pressionar o Governo Popular e enfrentar a política de direitos humanos, criminalização dos movimentos sociais amplos, o semi-feudalismo e o capitalismo brasileiro busca facilitar a criação discreta de milícias senhoreais ou transformar as polícias estaduais e guardas municipais em braço armado contra quem atente contra a ideologia neoliberal, no Paraná com bandeira escancarada. Colocando essas questões ideológicas, no sentido que o Mestre da Economia Política as colocou no século XIX, deixarão de debater, discutir, implentar políticas conjugadas de educação, revolucionar a escola, transformando-a em espaço público que reune sociedade, família, indivíduo e autoridades de segurança num projeto que seja humanista, transparente, ético e sem corrupção para todas as partes.
(Jornal da Manhã, 20 de abril de 2011)