segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Promiscuidade partidária em Ponta Grossa - mentira potencializada

Ponta Grossa tem o típico perfil de indivíduo que nasceu para desconstruir a cidade. A grande vantagem é que a História sequer mencionará tais figuras na posteridade. Outro problema, os nossos jornais são reféns do desejo de aparecer com melancia no pescoço dessas monstruosidades políticas.
Romualdo Camargo é representante máximo desse tipo de travesti político. Recentemente, o Jornal da Manhã considerou importante noticiar que a figura estaria fundando em Ponta Grossa, uma mixórdia agremiação, denominada de PGT do B. É para acabar! Todos esses prostíbulos políticos não são partidos. Fazem parte de uma única e mesma merda que tantos males faz a sociedade brasileira. Não é inocente que o presidente do PGT do B é igualmente do PSDC e tem outras histórias. Me lembro que depois de contato com a incompetente direção estadual do Partido Comunista Brasileiro, em Curitiba, para surpresa, recebi uma ligação de alguém, nada menos que o Sr. Groebells, incumbido pelos irresponsáveis marxistas do Paraná, de falar comigo. Na sua apresentação, as coisas iam de mal a pior. Groebells me dizia que fora fundador do PRN (se não me engano), do PSB e tal. Sua especialidade era fundar partidos. Um cidadão que funda e presida um PRN e depois um PCB... não está bem de saúde, nem os que assinam fichas de filiações nesses feudos. Agora mais um na coleção desses sem vergonhas da nossa política.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Movimento Estudantil pontagrossense - Enfrentando o neoliberalismo - 2012

A primeira tarefa do estudantado da UEPG é exigir que o Reitor abandone um governo que é reacionária, anti-educação, anti-social e sucateador do ensino superior. Primeiro passo. A luta começa aqui e não em Curitiba. Se o Reitor continuar filiado na conjugação DEMO-PSDB está somando força contra a Universidade paranaense como um todo. É raposa cuidando do galinheiro.
A segunda tarefa dos alunos esclarecidos da Universidade - começando na UEPG - é efetuar sondagem de como os candidatos da base de sustentação do governo estão sendo vistos pelos alunos. Num estudantado que endeusa Michel Trenó não se brinca que Marcelo Ranhel e Prato Miró tenham livre trânsito. É sinal de que há uma comunidade despolitizada.
A terceira tarefa é efetuar levantamento sobre ações científicas, resultantes da pesquisa e da posgraduação, realizadas no âmbito da UEPG, estão sendo levadas às comunidades da região, influindo politicamente na qualidade de vida, ou se projetinhos continuam se resumindo a esqueminhas entregues nas pró-reitorias para garantir TIDE. Verifique-se aí a enfase nenhuma que a UEPG dá nas áreas de Ciênci...as Sociais, Humanas. Curso de Medicina (sem conteúdos pedagógicos, sem Antropologia, sem Filosofia, sem Psicologia), Curso de Nutrição, Curso de Fisioterapia. Quando teremos curso de Filosofia, Ciências Sociais, Psicologia?
 
Quarta tarefa revolucionária - ampliar a representação estudantil na Universidade. Tantos quantos forem os professores em todos os Conselhos Superiores, tantos quantos devem ser os alunos. Nos Colegiados de Curso cada turma deverá ter seus dois representantes, o mesmo procedimento nos departamentos de ensino e nos Setores de Ensino (que deveriam ser extintos porque são inúteis).
Quinta tarefa - pressionar a UEPG para romper com o abstracionismo e com a educação bancária. Política de cotas, questão índigena, cotas de escola pública, formação de professores nas licenciaturas, caminhar na contramão das coordenações tecnicistas dos cursos, trazendo pessoas destes grupos e classes para falarem aos estudantes, utilizando-se de disciplinas como Laboratório de Ensino, Tópicos Especiais, Semanas Acadêmicas.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Esquecimento histórico do povo de Guaragi

Historicamente, Ponta Grossa nunca formulou políticas públicas direcionadas às populações distritais. Guaragi, Itaiacoca, Piriquitos e Uvaia são tratados como quintal da sede e chácaras de veraneio dos terríveis políticos, que aquelas populações elegem. Guaragi exemplifica como políticos estupram o povo. Comportam-se como águias famintas ante a carne dilacerada de gente que mereceria respeito, dignidade e riqueza. O distrito padece de graves problemas sociais. A péssima situação da infância, desprotegida, com violência moral que clamam pela atuação diária de organismos públicos, se faz imperiosa, Promotoria pública, Serviço social, Juizado da adolescência e sub-delegacia. Ali verificar se há ou não trabalho infantil e pedofilia, pestes que exigem cuidadosa sondagem e enfrentamento. A indiferença dos poderes, Executivo e Legislativo, que é propositada, classista, fomentadora de alienação e escravidão, machuca a sociedade. Guaragi necessita de políticas efetivas, sem discurso, práticas e transformadoras para infância, adolescência e juventude. Os guaragienses devem deixar de se comportarem como ovelhas mudas caminhantes para o matadouro eleitoral dos hipócritas e farsantes guias políticos. Os candidatos tem se dizem daí, mas são deles somente. Esta é a oportunidade da juventude distrital se organizar, discutir por si as condições de vida na vila, os aspectos que deseja para o desenvolvimento pleno da comunidade, sem a interferência da mentira e do oportunismo. Buscar consciência crítica, escolhendo programa social, popular e revolucionário que modifique sua realidade, que expresse o amor ao povo e emancipe o distrito, rompendo com o espírito de acomodação aos discursos mirabolantes, superados paradigmas. Que Guaragi não reeleja os mesmos. O Grupo Escolar Dr. Munhoz da Rocha é o centro irradiador do pensamento e da cultura local e ali deve frutificar melhor consciência. A revolução cultural, política e econômica de Guaragi passa pela esperança e coragem da sua juventude, que busca na educação e na escola dias melhores. E a pauta presente, será a reivindicação de direitos de amplo acesso aos centros universitários em Ponta Grossa. Ter respeitado e feito seu direito de conhecer a UEPG, os diversos cursos que tem vínculo direto e racional com a realidade distrital e nela ingressar. Mesmo sendo área rural, a população carece de professores com pos-graduação, filósofos, psicólogos, historiadores, geógrafos e educadores qualificados. O sistema escolar e o professorado distrital merecem constituir categoria particular e especial. O regime de dedicação exclusiva a população é o que melhor convém a estes mestres. O distrito está calado e disto fazem proveito os medíocres candidatos eleitos lá, diante da necessidade de melhorias no acesso a capital municipal. É urgente a necessidade de ampliar a oferta de linhas de ônibus, intervindo o Poder público, para que o desejo de lucro da concessionária não relegue ao desprezo uma geração que pode demonstrar grandeza ao país. Guaragi continua com as mesmas dificuldades dos velhos tempos do SANDU e do ônibus do Vantroba. Rezemos para que Deus guarde a sociedade guaragiense das bestas políticas do município que encaram como modernidade a destruição de patrimônio histórico e espera-se que a UEPG seja atalaia no muro e empreste sua respeitabilidade para que as ricas fontes históricas arquitetônicas de Guaragi não adentre ao signo das demolições como assistimos no centro de Ponta Grossa na calada da noite.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Em memória de Victor Folquening - Partiu cedo demais!

A prematura e inapropriada morte, de forma grosseira, do Professor Victor Folquining, tanto do plano pessoal, da figura humana que era, quando cultural, da sua capacidade intelectual, é perda irreparável à cultura paranaense e ao pensamento comunicacional.


Conheci o jornalista nos seus tempos de acadêmico, através de do Dr. Rodrigo Czajka,hoje Professor Adjunto na UNESP, na época acadêmico de Filosofia da UFPR e Victor, concluindo seu TCC na UEPG. Fomos à casa de Victor na Bonifácio Vilela conversar sobre o Caderno Mais da Folha de São Paulo, objeto de suas preocupações acadêmicas, cuja coleção eu guardava.


Posteriormente troquei algumas correspondências, com o então, redator de jornais e chefe de sucursal, sempre prudente, silencioso e comedido com minhas críticas e sugestões de pauta. Numa viagem a Curitiba, Rodrigo e eu fomos ao apartamento de Victor, em busca do livro "Jornalismo é humanismo?" cuja análise e crítica pretendíamos fazer, já que o conceito de humanismo causava-nos algum incômodo.


Encontrei-me, pela última vez, com Folquening, no final de 2011, quando por intermédio do Dr. Sérgio Luiz Gadini, compunhámos uma Comissão Julgadora de algumas biografias selecionadas pela Secretaria de Cultura do Município. O encontro durou quase duas horas e serviu como presente a mim, de conversas que sempre deveria ter tido com o jornalista Victor Folquening. Explanou os bastidores das empresas jornalísticas, das redações, da produção da notícia. Na ocasião conversou longamente com o escritor Miguel Sanches Netto sobre as agruras de colunistas. No final da conversa empenhamos uma dívida que deveria ser mútua, ele e eu acertaríamos uma data para tomar alguma coisa em algum lugar da cidade, convite que, sendo de Victor, aceitei pensar. A impressão mais fundamental que me marcou aquele encontro, foi a humildade intelectual do professor universitário, em relação a mim e às concepções teóricas e políticas que sustento. De comum acordo, ele, a pessoa que mais argumentou cientificamente, autor das mais profundas análises dos trabalhos, Carolina Mainardes e eu aprovamos dois trabalhos, sem quaisquer dúvida quanto a forma e ao conteúdo. Minhas convicções teóricas em História me incomodavam com a validade de um dos trabalhos, feito sobre figura assaz simples de nossa cultura e serviço social. Arrisquei argumentar que deveríamos eleger também um trabalho que tratava de pessoas, em geral, não visíveis na historiografia erudita e mitológica da sociedade. Victor me olhou, demonstrando grande sensibilidade sociológica, apaixonado pela assunto, pluralista e encampou outros argumentos dando igualmente seu voto, que em seguida, foi aprovado por Carolina. Da sua grandeza intelectual, do gigantismo de seu conhecimento filosófico, se inclinava, afetuosa e generesoamente a um figura da cidade, sem maiores expressões, como o autor destas linhas e ao trabalho de uma senhora, que não seria considerado matéria de estudo em nossas acadêmias, embora fosse socialmente mais interessante que toda a classe política paranaense reunida.